Em 1818 nascia o bairro do Brás.

O Brás é um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, com mais de 200 anos de história.

Tudo começou no final do século XVIII, quando São Paulo ainda era uma pequena vila habitada em sua maioria por índios, escravos e jesuítas. Às margens do rio Tamanduateí, havia uma grande região ocupada por sítios e propriedades agrícolas, onde vivia um negociante português chamado José Brás. Ele começou a fazer as primeiras melhorias urbanas na área – entre elas, a construção da capela do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em 1769. Ao redor dela, formou-se aos poucos um povoado que ganhou o nome de Paragem do Brás, pois servia de parada para as procissões que conduziam a imagem de Nossa Senhora da Penha de França da igreja da Penha até a igreja da Sé, no Centro.

A estrada que ligava a Penha ao Centro ficou conhecida como Caminho do José Brás.
O vilarejo foi crescendo e, em 8 de junho de 1818, o Brás foi alçado à categoria de freguesia, e a igreja construída por José Brás tornou-se sua matriz. Nasceu assim o bairro do Brás.

A igreja do Brás foi a primeira construção do Bairro, e, com o tempo, surgiram casas, comércios, estalagens e outras edificações que formaram o núcleo urbano da região.

A atual Matriz do Bom Jesus do Brás teve as obras iniciadas em 1896 pelo bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante, e foi inaugurada no dia 1º de janeiro de 1903, por Dom Antônio Candido de Alvarenga.

O Brás possuía muitos terrenos, mas com pouca ocupação. Entretanto, visitas ilustres trouxeram mais visibilidade ao bairro, como a Imperatriz Teresa Cristina – mulher de Dom Pedro II – e o engenheiro prussiano Carlos Abrão Bresser, cuja colaboração foi fundamental para o desenvolvimento da Zona Leste Paulistana.Na segunda metade do século XIX, com o aumento da produção de café, o Barão de Mauá propôs ao governo imperial a construção de uma estrada de ferro que ligasse a cidade de São Paulo ao Porto de Santos, para escoar com mais rapidez o que era produzido nos cafezais.

No início de 1867, a ferrovia São Paulo Railway Company (SPR) foi inaugurada, ligando Santos e Jundiaí. No mesmo ano, a estação ferroviária Brás também começou a funcionar, sendo a única parada de trens na capital.
A parada do trem estimulou o surgimento de muitos hotéis, lojas – como o Shopping All Brás, localizado a poucas quadras da estação – e fábricas na região, além de atrair mais trens e imigrantes.
À medida que o Brás crescia, seu comércio tornava-se diversificado e sofisticado. Algumas lojas criadas no bairro ficaram famosas a ponto de conquistar não só a cidade, como o país. Foi o caso da marca de calçados Pirani e da Bauducco.

Um dos bairros mais tradicionais de São Paulo se desenvolveu depois da chegada dos imigrantes.

O Brás foi de um dos bairros com maior concentração de indústrias a um grande polo comercial em pouco tempo. No final do século XIX, a cidade de São Paulo crescia com uma velocidade muito grande e isso acabou atraindo imigrantes de toda parte.
Foram construídas hospedarias para abrigar e oferecer algum conforto a mais de 2,5 milhões de pessoas de cerca de 70 nacionalidades diferentes, que vieram em busca do sonho de uma vida melhor.

Árabes, judeus, italianos, espanhóis, portugueses, gregos, coreanos, africanos, bolivianos, chineses e nordestinos encontraram o ambiente perfeito para montar livremente seus negócios, gerando renda, criando empregos e trazendo prosperidade a todos que moram, visitam e fazem compras na cidade.

Hoje o bairro é o maior polo comercial da América Latina, sendo o destino de milhares de lojistas e revendedores de moda de todo o país.

55

Ruas de Comércio

4.000

fabricantes na região

R$15bi/ano

de crescimento no faturamento

O principal centro de comércio popular da América Latina.

As ruas Tiers, Oriente, Xavantes, Barão de Ladário, Maria Marcolina, Miller e o Largo da Concórdia concentram mais de 10.000 lojas e recebem mais de 300 mil visitantes diariamente. Essa circulação chega a atingir cerca de 1 milhão de pessoas/dia em datas como Natal, Dia das Mães, Festas Juninas e mudanças de estação.

Por ser um dos maiores lançadores de tendências fashion do país, muita coisa pode ser vista no Brás antes mesmo do que em outros endereços antenados como a rua Oscar Freire, no bairro do Jardins, e a Avenida Visconde de Pirajá, em Ipanema (RJ).

Nos últimos anos, vários shoppings surgiram na região e mudaram a cara do comércio do Brás. Entre eles estão o All Brás, Canindé, Elev Shop Brás, Mega Polo Moda, New Mall, Porto Brás, Total Brás, Vautier e Vautier Premium. Mas diferente dos demais shoppings de São Paulo, esses complexos de compras em geral têm estacionamentos com vagas para ônibus fretados e hotéis que funcionam em anexo para hospedar os compradores que vêm de outras cidades e estados.

Brás. Exemplo de crescimento, fé e trabalho.

Nesse bairro que acolheu pessoas das mais diferentes culturas, todo mundo trabalha não só para ver o seu negócio prosperar, mas também para fortalecer nacional e internacionalmente o nome do Brás, consolidando cada vez mais a região como o maior polo de comércio da América Latina.

Fonte: Livro Brás 200 anos

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